O trabalho dos cuidadores de idosos é muito delicado. Tanto a própria profissão quanto a aceitação do idoso são atividades difíceis que devem ser tratadas com devida atenção. Muitos idosos podem precisar de uma atenção especial devido a problemas de saúde. Outros vivem sozinhos e por esse motivo as famílias acreditam que um acompanhante garante a segurança desse familiar.
Conheça nossas dicas de como convencer um idoso a aceitar acompanhamento do cuidador!
1º Dica: Ouça
A primeira dica é dedicar-se a ter paciência e atenção, portanto ouça.
Muitos familiares acabam perdendo a paciência quando o assunto é conversar com alguém da terceira idade. Isso acontece muitas vezes pela exaustão de problemas que acabam desencadeando a impaciência em lidar com situações cansativas.
Porém, o que deve ser feito é lembrar-se que caso você não ainda seja idoso um dia será. Portanto, ponha-se no lugar do familiar para começar a entender as dificuldades dele e os motivos que o levam a rejeitar a ajuda.
Esse primeiro passo consiste em uma série de conversas, não uma ou duas, mas várias. Converse e não economize na paciência e na compreensão.
Por mais que o idosos seja firme e inflexível, ouça-o, investigue os motivos.
2º Dica: Aja de acordo com sua posição
Isso significa: se você é filho, aja como filho, se você é neto, aja como neto.
Por que dizemos isso?
Porque um dos motivos dos conflitos entre os familiares e os idosos é a inversão de papéis.
Imagine seus pais ou avós por exemplo. A maior parte da vida estiveram acostumados a serem líderes, a ter suas decisões priorizadas na família. Quando os papéis se invertem e o filho passa a ser aquele que toma decisões, os conflitos são quase inevitáveis.
Sendo assim, aja de acordo com seu papel. Não deixe de lado a postura de filho, porém isso não significa submeter-se. Aja de acordo com o papel de filho, adulto, que está disposto a cuidar dos pais. Um filho que tem consciência da situação e que toma atitudes sem desrespeitar a autoridade.
Assim, na hora de conversar, dialogue de forma respeitosa e deixe claro que a relação pai e filho ainda existe. Assim, quando você chegar no próximo passo, a atitude deve ser conduzida de forma harmoniosa.
3º Dica: Pesquise os argumentos
A pesquisa é referente às especificidades de cada caso. A pesquisa deve ser feita de acordo com necessidades de cada um. Assim, os argumentos serão baseados em fatos e que sejam convincentes.
Assim, caso as dificuldades do idoso sejam de locomoção, os argumentos devem ser baseados nos benefícios que um acompanhante trará.
Caso seja um problema de pressão, o acompanhamento é necessário.
Assim, caso o idoso já tenha um quadro favorável a essas doenças o argumento é simples: a manutenção da saúde e da vida.
Os argumentos devem ser cuidadosamente pensados, antes mesmo de iniciar as primeiras conversas com o familiar. Dessa forma, no momento de apresentar a ideia você terá mais confiança para convencer.
Estando preparado para argumentar o próprio familiar sentirá mais confiança na proposta.
4º Dica: Procure profissionais qualificados
Nem todo serviço que acionamos nós temos a possibilidade de verificar a qualificação do profissional. Muitas vezes a decisão de contratar vem de uma indicação ou da confiança em uma empresa.
Quando o serviço que pretende contratar é esse, o cuidado deve ser extremamente cauteloso. Afinal, o profissional em si é uma peça chave para garantir a aceitação.
O cuidador é um profissional e como tal precisa ter qualificações profissionais. Dentre essas qualificações estão: curso de preparação, conhecimentos gerais sobre sobre o comportamento da terceira idade, curso de enfermagem e o próprio perfil do candidato.
Caso você já tenha alguém que é de confiança mas essa pessoa não possui qualificações, isso não é um problema. Existem diversas empresas capacitadas para fornecer cursos para cuidadores de idosos, os quais contam com profissionais da psicologia, da enfermagem e até mesmo da pedagogia.
Essas qualificações para a pessoa que deseja tornar-se um profissional de cuidados a idosos é um grande diferencial.
Por mais que a pessoa tenha conhecimentos básicos sobre cuidados a idosos, um curso especializado oferece informações que são extremamente necessárias. Principalmente para saber como agir em situações emergenciais.
5º Dica: Comece aos poucos
No início tente evitar a palavra “cuidador” ou “enfermeira”, mas sem enganar! O simples fato de evitar a palavra já carrega um peso menor para o familiar.
Para isso, antes que o profissional comece as atividades de forma regular, inicie um período de introdução. Inicie esse período com visitas periódicas, sem compromisso, apresentando o cuidador como uma pessoa normal, sem muito mistério.
Procure estimular a interação de forma natural entre os dois, esteja presente nas primeiras conversas mas procure não interferir muito. Esse é o momento para observar se o profissional tem compatibilidade com o idoso.
Observe a interação sob a perspectiva de um cliente, afinal de contas, por mais que a profissão exija certos vínculos afetivos, o serviço é um serviço. Dessa forma, esse momento é crucial para tomar a decisão da escolha do candidato.
A escolha é o ponto inicial mais importante para estimular a aceitação. Caso a primeira interação seja proveitosa e agradável, as chances de recusa são menores. Sendo assim, disponha algumas horas do dia e dedique-se a observar as primeiras interações.
Além disso, por mais que a empresa ou o profissional acionado seja de total confiança da família, a cautela é recomendada. Por isso, observe.
Caso você repare que o candidato não tem compatibilidades com o idoso, não insista. Procure outro profissional, teste, treine e experimente.